A Atlantic de Novembro já chegou às bancas, e de cara lavada. Em 151 anos de história, esta é a 8ª vez que o seu grafismo é alterado e a direcção da revista aproveitou o momento para modificar algumas secções, como explica o director James Bennet (sobre o novo design, aqui ficam as notas do director gráfico, a quem interessar).terça-feira, 28 de outubro de 2008
uma nova Atlantic
A Atlantic de Novembro já chegou às bancas, e de cara lavada. Em 151 anos de história, esta é a 8ª vez que o seu grafismo é alterado e a direcção da revista aproveitou o momento para modificar algumas secções, como explica o director James Bennet (sobre o novo design, aqui ficam as notas do director gráfico, a quem interessar).domingo, 26 de outubro de 2008
nascida para salvar
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Saramago na New Yorker
A revista New Yorker publica na edição desta semana uma crítica ao último livro de José Saramago publicado nos Estados Unidos, Death with Interruptions (As Intermitências da Morte, ed. Caminho, 2005). São perto de 3 mil palavras, 16 500 caracteres, quase 5 páginas A4 de crítica - desculpem o meu assombro mas, por cá, ninguém dá este espaço a um livro, até porque a crítica, a boa crítica às artes que tanta falta faz nos nossos jornais, está em vias de extinção. Adiante. A narrativa de Saramago, escreve James Wood, soa «moderna e antiga ao mesmo tempo». E é o seu estilo único que lhe permite «escrever ficções especulativas e fantásticas como se fossem os acontecimentos mais prováveis». Como será ler Saramago em inglês?, dei por mim a pensar. Percebo por esta crítica que os seus parágrafos longos se mantêm, que os pontos finais e as vírgulas não deixam de obedecer a regras próprias. Deixo-vos um excerto (uma única frase...), para matarem a curiosidade:«Having lived, until those days of confusion, in what they had imagined to be the best of all possible and probable worlds, they were discovering, with delight, that the best, the absolute best, was happening right now, right there, at the door of their house, a unique and marvelous life without the daily fear of parca’s creaking scissors, immortality in the land that gave us our being, safe from any metaphysical awkwardnesses and free to everyone, with no sealed orders to open at the hour of our death, announcing at that crossroads where dear companions in this vale of tears known as earth were forced to part and set off for their different destinations in the next world, you to paradise, you to purgatory, you down to hell.»
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Obama e a avó
Obama interrompeu a campanha eleitoral para ir ao Havai visitar a avó, gravemente doente, como conta a revista Time. Faltam duas semanas para as eleições e, apesar da vantagem que as sondagens lhe garantem, a vitória não é segura. Durante dois dias, os seus rivais terão o espaço mediático por sua conta, o que pode ser arriscado. Obama sabe disso mas escolheu fazer esta viagem, sem jornalistas por perto. No seu livro A Minha Herança (editado em português pela Casa das Letras) conta que o maior erro da sua vida foi não ter estado ao lado da mãe quando ela morreu, vítima de cancro. Obama estava em campanha para o Senado e chegou à cabeceira da sua cama tarde demais. Filho de mãe solteira (o pai, com quem nunca teve uma relação próxima, morreu num acidente de carro no Quénia, em 1982), foi esta avó materna que o criou e que, com grandes sacrifícios pessoais, permitiu que ele estudasse e se tornasse no homem que é hoje. Madelyn Dunham tem 86 anos e seguiu a campanha do neto com especial emoção. Esperemos que viva para ver a sua vitória, a 4 de Novembro.terça-feira, 21 de outubro de 2008
ficção e realidade
** No mês passado, quando o filme estreou em Portugal, o Público descreveu-o assim: «É um mergulho brutal e violento nos meandros dos círculos infernais da Camorra napolitana, com uma crua e incrível precisão. Poder, dinheiro e sangue são os "valores" com que os habitantes de Nápoles se confrontam diariamente. A única linguagem é a das armas e o sangue o vício maior. Viver uma vida normal não é possível para estes habitantes. (...) Uma Camorra ficcionada mas profundamente enraizada na realidade italiana.» O filme (ainda) está em exibição no cinema Nimas, em Lisboa.
domingo, 19 de outubro de 2008
Powell apoia Obama
O ex-Secretário de Estado norte-americano Colin Powell (2001-2005, com Bush) tornou hoje público o seu apoio a Barack Obama no programa da MSNBC «Meet the Press». John McCain, Sarah Palin e o (seu) partido Republicano são duramente criticados, sobretudo pela «campanha agressiva» das últimas semanas. Powell disse lamentar que membros do seu partido ponham a circular rumores falsos sobre as ligações terroristas de Obama ou sobre a sua fé. «Quando alguém insinua que 'Ele é muçulmano', há que corrigir: 'ele é cristão, sempre foi cristão'. Mas a resposta verdadeiramente correcta seria: 'E se for muçulmano, qual é o problema?' A guerra política não pode justificar tudo, tem de haver alguma decência e acho que a campanha de McCain foi longe demais».
sábado, 18 de outubro de 2008
Jornais apoiam Obama
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
o factor t
Poderá a personalidade e o temperamento dos candidatos à presidência ser crucial para a escolha dos americanos? Vários analistas dizem que é «o» factor decisivo... E, neste momento, as sondagens dizem que a maioria dos americanos considera que Obama é mais «presidenciável»: é calmo, ponderado e parece saber discutir sem se exaltar. Além disso, tem um sorriso contagiante, que tem usado com mestria, mesmo nos momentos mais adversos.terça-feira, 14 de outubro de 2008
ah, tigre!
Aravind Adiga venceu hoje o Man Booker Prize, o mais importante prémio literário em língua inglesa, com o seu primeiro romance, White Tiger. Adiga vive em Bombaim, tem 33 anos e é (foi?) jornalista, colaborando com a revista Time e vários jornais diários ingleses. Como conta o Guardian, a atribuição deste prémio é uma surpresa: a aventura indiana de «Tigre Branco» impôs-se numa short list de peso (ao lado de Sebastian Barry, Amitav Ghosh, Linda Grant, Philip Hensher e Steve Toltz), que já deixava para trás nomes consagrados como Salman Rushdie...Aqui fica um excerto do livro vencedor:
«Now, I no longer watch Hindi films - on principle - but back in the days when I used to, just before the movie got started, either the number 786 would flash against the black screen - the Muslims think this is a magic number that represents their god - or else you would see the picture of a woman in a white sari with gold sovereigns dripping down to her feet, which is the goddess Lakhshmi, of the Hindus.
It is an ancient and venerated custom of people in my country to start a story by praying to a Higher Power. I guess, Your Excellency, that I too should start off by kissing some god's arse.
Which god's arse, though? There are so many choices.
See the Muslims have one god. The Christians have three gods. And we Hindus have 36,000,000 gods.
Making a grand total of 36,000,004 divine arses for me to choose from.
Now there are some, and I don't just mean Communists like you, but thinking men of all political parties, who think that not many of these gods actually exist.
Some believe that none of them exist. There's just us and an ocean of darkness around us. I'm no philosopher or poet, how would I know the truth? It's true that all these gods seem to do awfully little work - much like our politicians - and yet keep winning re-election to their golden thrones in heaven, year after year.»
domingo, 12 de outubro de 2008
O outro McCain
Mentiroso. Desonesto. Oportunista. Estes são alguns dos mimos com que a Rolling Stone descreve o candidato presidencial John McCain num longo artigo de investigação, recuperando inúmeras histórias «sujas» do seu passado. Faltam três semanas para as eleições...sexta-feira, 10 de outubro de 2008
todos iguais?
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
leitura da semana
Fala-se muito de como esta é a maior crise mundial desde a Grande Depressão. Mas o que aconteceu então? Como saiu o mundo dessa crise? O que pode a História ensinar-nos? Um texto simples, curto, esclarecedor, The End of Prosperity?, explica tudo. A ler, nesta edição da Time.And the winner is... That One!
Quando McCain se referiu a Obama usando a expressão «that one» não pensaria, de certeza, que a sua má educação estaria, no dia seguinte, imortalizada em t-shirts de campanha... Já há um site dedicado ao tema, onde a biografia de Obama é adaptada ao momento da campanha: a ler em http://www.thatone08.com/. E até o influente jornal online The Huffington Post, numa nota de bom humor, decidiu abraçar o movimento dizendo que o vencedor do debate de ontem foi... é claro, That One!segunda-feira, 6 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
NY state of mind...


A revista revela-nos muito mais do que as tendências da moda. Fala-nos de arte, de política, de música e até de publicações novas, como a Tar, um tesouro bi-anual que vou querer comprar assim que aterrar outra vez em Nova Iorque. Enquanto isso não acontece, é bom poder matar saudades folheando estas páginas...
