(Foto: AFP)
Ontem relembrei aqui a história de Tom Hurndall. Hoje acordei com esta notícia e depois vi este vídeo, na Al Jazeera. Sexta-feira, dia santo para judeus e muçulmanos, mais dois mortos e dezenas de feridos, na sequência da manifestação semanal de Bil'in contra o Muro de Separação, que se ergue nas terras da Cisjordânia. Testemunhas no local dizem que os manifestantes atiravam pedras aos soldados, as autoridades israelitas afirmam que um dos baleados carregava cocktails molotov e o outro entrara com uma faca no colonato de Beit El.
No sábado de manhã, um condutor palestino «mentalmente instável», segundo os relatos do Jerusalem Post, não parou no check-point de Hezmeh e atropelou dois soldados hebraicos.
Estes confrontos merecem pouco mais que um rodapé nos destaques da imprensa internacional. Afinal, é apenas mais um dia no Médio Oriente.
4 comentários:
Patrícia,
Para os seus leitores interessados em conhecer a luta, pacífica e determinada, da população da aldeia de Bil'in em defesa das suas casas, das suas oliveiras e da sua vida, permito-me sugerir a consulta de http://www.bilin-village.org/index.htm
É só uma em tantas aldeias e vilas na Margem Ocidental do rio Jordão que resistem à política de aniquilamento do Estado de Israel.
Cordialmente
Carlos Almeida
Obrigada pelo link. Não conhecia este site, a partir de agora vou acompanhar o que ali se escreve... Um abraço, Patrícia
Correcção : O dia santo para os Judeus é o Sabado. A palavra Sábado em portugues deriva da palavra Sabat , descanço em aramaico. É tambem a palavra que em arabe literário quer dizer dia.
gostar do medio oriente é tambem perceber a sua cultura...
madrid
Não costumo responder a comentários anónimos mas gostava de contrapor a sua «correcção» que não está absolutamente correcta... Eu não me referia apenas ao dia santo judeu (mas que, como saberá certamente, se começa a celebrar na sexta-feira à tarde...), falava também do dia santificado na tradição muçulmana. E o que queria destacar, e o que me parece verdadeiramente importante, era o facto de, num dia em que as duas tradições cumprem rituais religiosos, as armas continuarem a falar mais alto do que as palavras dos livros sagrados.
Enviar um comentário