É um olhar americano, sem dúvida. Mas muito interessante. A Newsweek decidiu passar em revista a primeira década do século XXI, num grande dossier multimédia. Neste vídeo tenta explicar-se o mundo, de 2000 a 2010, em 7 minutos...
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Um jornalista inflitrado na "tropa de elite"
Um jornalista do Folha de São Paulo candidatou-se, foi aceite e, durante sete meses, fez a dura recruta da Polícia Militar do Rio de Janeiro para escrever uma reportagem. Raphel Gomide dedicou mais de um ano à escrita de O Infiltrado - PM por Dentro e venceu o Grande Prémio de Jornalismo Lorenzo Natali*, atribuído pela Comissão Europeia.
«Eu queria entender de que maneira o curso de formação de soldados podia influenciar o comportamento no activo e pensei que a melhor forma de o fazer era passar por recruta e, assim, evitar os filtros que os soldados e oficiais teriam se os entrevistasse como jornalista», explicou esta semana à jornalista Isabel Marques da Silva, numa conversa que podem espreitar aqui, no site do Expresso.
«Eu queria entender de que maneira o curso de formação de soldados podia influenciar o comportamento no activo e pensei que a melhor forma de o fazer era passar por recruta e, assim, evitar os filtros que os soldados e oficiais teriam se os entrevistasse como jornalista», explicou esta semana à jornalista Isabel Marques da Silva, numa conversa que podem espreitar aqui, no site do Expresso.
«O que mais me chocou foi o facto de não só haver tolerância como estímulo à violência policial. Ouvi frases tais como: "Estou trocando tiro com vagabundo na favela e ele diz que perdeu e se rende? Perdeu nada! Vou-te matar, você vai morrer. Estava me dando tiros até agora, por isso vai morrer!". Havia um oficial que dizia "Rendeu, fuzilou!" e um outro instrutor que ensinava a encenar uma situação de legítima defesa, aconselhando o polícia que matou alguém pelas costas a colocar depois a arma na mão do suspeito.»
* A Comissão Europeia retirou o Grande Prémio NATALI e o Prémio África ao vencedor da edição do ano passado, Larrisse Houssou, do Benim. Esta decisão foi tomada com base numa denúncia de plágio apresentada por outro jornalista, que viria a ser confirmada pelo júri após um inquérito independente às alegações aduzidas. O jornalista brasileiro Raphael Gomide, segundo classificado em 2008, foi proclamado novo vencedor do Grande Prémio, por recomendação do júri.
* A Comissão Europeia retirou o Grande Prémio NATALI e o Prémio África ao vencedor da edição do ano passado, Larrisse Houssou, do Benim. Esta decisão foi tomada com base numa denúncia de plágio apresentada por outro jornalista, que viria a ser confirmada pelo júri após um inquérito independente às alegações aduzidas. O jornalista brasileiro Raphael Gomide, segundo classificado em 2008, foi proclamado novo vencedor do Grande Prémio, por recomendação do júri.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O futuro, agora... na Esquire
E se as revistas falassem connosco? E mudassem de aspecto, se actualizassem os conteúdos? Não, não é ficção científica. A Esquire, que já tinha publicado os primeiros anúncios em movimento, volta a inovar recorrendo à Augmented Reality. Simplesmente fabuloso...
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Criatividade, precisa-se
Todos ficamos deslumbrados com as capacidades e as conquistas dos outros. Mas falhamos quase sempre quando se trata de desenvolver e acarinhar os nossos próprios dons. O que devemos mudar para sermos mais inovadores e criativos no nosso dia a dia? Esse é o tema de capa da Psychology Today agora nas bancas.
Se o tema vos interessa, não percam também esta fabulosa conferência de Stefan Sagmeister, na TED.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A geração dos super-protegidos
Esta imagem diz quase tudo. Mas o texto, acreditem, diz ainda muito mais. O tema de capa da edição americana da Time faz-nos reflectir sobre o ambiente super-protector que rodeia as nossas crianças. Mas também sobre a imensa exigência e as desmesuradas expectativas que os pais de hoje têm em relação aos seus filhos.
Nos EUA, já há quem insista em pagar aulas de mandarim a crianças do pré-escolar para, supostamente, prepará-las melhor para a globalização... E depois há o piano, a natação, as artes marciais, a pintura... Os jogos virtuais, as amizades à distância, a falta de afectos. Porque a atenção chega, muitas vezes, apenas em forma de presentes: a última consola, o novo telemóvel, a roupa da marca da moda.
Poderão estes meninos, que nunca saberão o que é a liberdade de ter um verão inteirinho de férias sem nada para fazer, ser felizes? E quando crescerem, que tipo de adultos serão? Esta geração poderá ser, cusiosamente, uma das mais impreparadas para o sucesso, segundo os especialistas citados pela Time. A ler, pois.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Maite, 26 anos, vítima da I Guerra Mundial...
Quando Maite Roel mostra o seu cartão de veterana da I Guerra Mundial aos funcionários dos caminhos de ferro, um cartão onde se pode ler
mutilée dans la guerre
eles desconfiam. Como escreve Robert Fisk no Independent, devem pensar que ela roubou o cartão a um tetravô... Mas não. Maite foi vítima de uma bomba largada pela RAF na região de Bovekerke, na Bélgica, em 1918. O engenho explodiu 76 anos mais tarde, numa noite de 1992, quando ela acampava com o seu grupo de escuteiros. Sobreviveu depois de submetida a 29 cirurgias. Mas as dores nunca a abandonaram. Sim, ela ficou mutilada na guerra. Uma guerra de que nada sabe. E de que, como tentou explicar a um incrédulo Fisk, não quer mesmo saber.
Um Mandela para a Palestina
«And while I strongly oppose attacks and the targeting of civilians inside Israel, our future neighbor, I reserve the right to protect myself, to resist the Israeli occupation of my country and to fight for my freedom.»
Marwan Barghouti
A Reuters publica hoje uma entrevista rara, concedida por escrito e por intermédio de advogados, a Marwan Barghouti, o «pai» da Intifada palestiniana que está preso em Israel desde 2002 - foi condenado a cinco penas de prisão perpétua pela autoria moral da morte de cinco israelitas.
Há cinco anos, quando Yasser Arafat foi evacuado para um hospital em Paris, de onde regressaria já sem vida, visitei a sede do movimento Free Barghouti, em Ramallah, tentando compreender quem era este homem que todos os palestinianos me diziam ser o único capaz de suceder a Arafat. Percebi que, mesmo na prisão, quase sem contacto com o mundo exterior, ainda era ele que negociava tréguas entre grupos rivais. Respeitado pela Fatah e pelo Hamas, era também uma figura que recolhia simpatias internacionais. Talvez porque, apesar de defender a «resistência contra o ocupante», sempre disse repudiar os atentados contra civis. Muitos consideram-no o «Mandela palestiniano» e a sua libertação tem sido defendida por personalidades como Noam Chomsky, José Saramago... e o próprio Nelson Mandela.
Há cinco anos, quando os palestinianos se viram perante a necessidade de eleger um novo presidente, Barghouti liderava todas as sondagens. Mesmo condenado a morrer na prisão, ganharia a todos os adversários, com maioria absoluta. Mas acabou por anunciar que não se candidatava e apoiou Mahmoud Abbas (que venceu).
Há cinco anos, quando os palestinianos se viram perante a necessidade de eleger um novo presidente, Barghouti liderava todas as sondagens. Mesmo condenado a morrer na prisão, ganharia a todos os adversários, com maioria absoluta. Mas acabou por anunciar que não se candidatava e apoiou Mahmoud Abbas (que venceu).
Agora, com a Autoridade Palestiniana de novo à beira do colapso, volta a falar-se em Barghouti para unir as várias facções e devolver alguma esperança e ânimo ao povo. Nesta entrevista à Reuters, diz-se disposto a «ponderar» a possibilidade... Mahmoud Abbas já anunciou que não será candidato às eleições previstas para Janeiro e não se perfilam candidatos com o carisma necessário para ressuscitar o sonho da paz e da independência.
As próximas semanas poderão trazer desenvolvimentos decisivos: as negociações para a libertação do soldado Gilad Shalit, raptado por um grupo palestiniano em 2006, estarão bem encaminhadas. A lista de prisoneiros a «trocar» já teve muitas versões mas no topo das prioridades, com o acordo da Fatah e do Hamas, resiste sempre um nome: Barghouti, pois claro.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
leitura da semana
Para assinalar o 20º aniversário da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, o El País publica hoje o resultado de um projecto especial, Niños del Mundo, realizado com a colaboração da Unicef. Durante seis meses, cinco jornalistas e uma fotógrafa visitaram 20 países, para contar 20 histórias que representassem problemas abordados pelos artigos da Convenção. E aqui estão as histórias de 20 crianças que, apesar de partilharem o mesmo planeta, vivem em mundos muito diferentes.
Parte do extraordinário trabalho da fotógrafa Isabel Muñoz pode ser visto aqui. Os textos são para ir lendo devagarinho, ao longo da semana. Há histórias felizes, mas também as que custam a ser digeridas. Como tão bem nos explica Rafael Ruiz, quando escreve sobre os meninos-soldado de África:
Son historias difíciles de escuchar, leer, digerir. Menores de sólo cinco, seis o siete años que fueron raptados mientras dormían. Trasladados a otros países. Violados, torturados. Obligados a luchar y matar.
A verdade é que, 20 anos depois das assinaturas dos senhores do mundo, na sede da ONU, a Convenção ainda é pouco mais que um conjunto de boas intenções. Até quando?
O texto da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, em Português.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Precisa-se: dinheiro para reportagem
O New York Times publicou pela primeira vez uma reportagem financiada por leitores. Para escrever o artigo Afloat in the Ocean, Expanding Islands of Trash, que fala sobre a acumulação de lixo no Pacífico, a jornalista Lindsey Hoshaw pediu ajuda à comunidade de Los Angeles, através do site Spot.Us, criado para angariar dinheiro para jornalistas freelancers poderem concretizar os seus projectos de reportagem e/ou investigação.
Lindsey recolheu 6 mil dólares e foi escrever a sua história. Segundo as regras do site, quando o trabalho é vendido a um grande meio (como foi agora o caso), os lucros são distribuídos pelos cidadãos que contribuíram inicialmente para o projecto.
Este tipo de iniciativas conquistam cada vez mais espaço nos EUA, levando vários estudiosos dos Media a apontar a filantropia como um caminho para o financiamento (e sobrevivência) do jornalismo de investigação - já em vias de extinção até nos grandes jornais de referência...
pausa informativa...
Acabei de assinar esta petição, pedindo aos líderes mundiais, que se reunem na próxima semana em Roma, que cumpram as suas promessas e invistam 20 mil milhões de dólares na área da agricultura, nos países em desenvolvimento. A cada três segundos, há uma pessoa a morrer de fome. Nós temos os meios para acabar com este problema, é preciso que os cidadãos deixem bem claro a quem nos governa que esta é uma absoluta prioridade, que nos preocupamos, que não perdoamos o facto de continuarem a fechar os olhos. Não em nosso nome.
Durante a cimeira de Roma, que durará dois dias e meio, vão morrer de fome mais 60 mil pessoas - 70% serão crianças. Dá que pensar, não dá?
Podem assinar (e saber mais) aqui:
http://www.avaaz.org/en/world_hunger_pledges/98.php?CLICK_TF_TRACK
P.S. E acaba de ser lançada outra petição, pela ONU:
http://www.1billionhungry.org/
leitura da semana
(Um polícia iraquiano junto ao local onde morreram 17 civis, em Bagdad, na sequência de um tiroteio envolvendo elementos da Blackwater. Foto: Khalid Mohammed/Associated Press)
Reached by phone, Mr. Jackson, who resigned as president of Blackwater early this year, criticized The New York Times and said, “I don’t care what you write.”
O New York Times publica hoje um artigo de investigação revelando que a empresa de segurança privada Blackwater pagou um milhão de dólares a oficiais iraquianos para «perdoarem» o caso da morte «acidental» de 17 civis em Bagdad, em Setembro de 2007.
Being blocked from the country would have been costly — the State Department deal was Blackwater’s single biggest contract. From 2004 through today, the company has collected more than $1.5 billion for its work protecting American diplomats and providing air transportation for them inside Iraq.
Que bom é ler jornalismo de investigação assim, ao melhor nível. Fez-me lembrar uma passagem do filme Ligações Perigosas, (State of Play) em que um jornalista, investigando as ligações entre políticos e a organização de segurança privada PointCorp (inspirada na Blackwater...), diz à sua directora:
"People still know the difference between real news and bullshit."
Ora aqui está um belo exemplo de «real news».
domingo, 8 de novembro de 2009
Berlim
Angelika Wachs, esta semana, no checkpoint Charlie. Segundo a jornalista Alison Smale, Angelika foi a primeira cidadã alemã de Leste a «derrubar» o muro: e passou com a repórter ao seu lado!
(Foto: Gordon Welters/International Herald Tribune)
(Foto: Gordon Welters/International Herald Tribune)
No dia 9 de Novembro passam 20 anos sobre a queda do muro de Berlim. Muito se tem escrito sobre o assunto mas quero aqui hoje destacar uma iniciativa do New York Times, que convidou leitores de todo o mundo a partilharem as suas recordações e imagens desse dia histórico. No site estão já histórias verdadeiramente fabulosas, destacadas no projecto The view from the Wall. Basta clicar numa imagem para ler uma breve descrição, escrita na primeira pessoa. Um belo exemplo do chamado citizen-journalism.
Mas vale a pena ler os artigos dos verdadeiros jornalistas, sobretudo o testemunho impressionante de Alison Smale, Chasing the story on an night that changed all. Alison, hoje editora executiva do International Herald Tribune, trabalhava na altura para a Associated Press. E acabou, de forma extraordinária, por fazer parte da história:
A pimply young man, barely in his 20s, sat at passport control. He looked at my British passport, and then at Angelika’s papers, which somehow bore a rare stamp permitting her to visit West Berlin. But it was only valid Nov. 17, he objected. I urged him to consider what was happening. He shrugged. He pressed the switch to open the door. We tumbled through.
It was the only moment in my life when I pinched myself to see if I was dreaming. I had just crossed Checkpoint Charlie with this stranger, a woman exactly my age, 34, a citizen of Communist East Germany.
There were only a handful of West Berliners on hand to cheer our arrival. Shouting that it was “unglaublich,” or unbelievable, Angelika ran off to seek a ride to a friend who had escaped west years earlier, and I headed for a cheap bar where I glommed on to that precious commodity, a telephone.
All day, I had not spoken to my Associated Press colleagues in West Berlin — there were only a few land lines, constantly busy, linking East and West. Now I had them on line and screamed: “Guess what I just did! I crossed Checkpoint Charlie with the first East German!”
It was the only moment in my life when I pinched myself to see if I was dreaming. I had just crossed Checkpoint Charlie with this stranger, a woman exactly my age, 34, a citizen of Communist East Germany.
There were only a handful of West Berliners on hand to cheer our arrival. Shouting that it was “unglaublich,” or unbelievable, Angelika ran off to seek a ride to a friend who had escaped west years earlier, and I headed for a cheap bar where I glommed on to that precious commodity, a telephone.
All day, I had not spoken to my Associated Press colleagues in West Berlin — there were only a few land lines, constantly busy, linking East and West. Now I had them on line and screamed: “Guess what I just did! I crossed Checkpoint Charlie with the first East German!”
Essa mulher, que terá sido a primeira a «derrubar» o muro chama-se Angelika Wachs e continua a viver em Berlim. A jornalista conseguiu contactá-la de novo na semana passada e, no próximo dia 16, têm encontro marcado na cidade alemã: «Para beber o copo que acabámos por nunca beber, há 20 anos».
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Guerra em casa
Foi o maior ataque de sempre a uma base militar em solo norte-americano: em poucos segundos, Nidal Malik Hasan, um muçulmano nascido na Virginia e psiquiatra daquela base, em Fort Hood, Texas, matou 12 pessoas e feriu gravemente outras 31.
Segundo a CNN, Hasan seria enviado para o Iraque no próximo dia 28 e tinha já dito, a vários amigos e familiares, nos últimos dias, que não conseguiria participar naquela guerra. O New York Times cita um primo, que reforça essa ideia. Hasan acompanhava militares com stress pós-traumático e «ouvia falar, diariamente, dos horrores que viveram lá».
O atirador foi atingido várias vezes mas sobreviveu e, segundo as últimas informações, está estável e sob custódia militar. Os investigadores descartam, para já, qualquer ligação deste psiquiatra a movimentos terroristas se bem que, segundo a CNN, o FBI teria iniciado uma investigação há seis meses, quando detectou um comentário de Hasan num blogue, falando de bombistas suicidas.
Todos os militares mortos e feridos iriam partir brevemente em missão, para o Iraque ou para o Afeganistão. Em Fort Hood realizam os últimos testes médicos e assinam os testamentos.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Obama, um ano depois
Um ano depois da histórica noite da vitória de Obama, em que milhões choraram ao ver cumprida a promessa de «mudança para a América», o que resta do sonho?
Hoje, no Washington Post, Eugene Robinson descreve exactamente aquilo que penso e gostaria de ter escrito:
«It's been a year since a healthy majority of American voters elected Barack Obama to change the world. Which is precisely what he's doing.
Like many people who desperately want to see the country take a more progressive course, I quibble and quarrel with some of President Obama's actions. I wish he'd been tougher on Wall Street, quicker to close Guantanamo, more willing to investigate Bush-era excesses, bolder in seeking truly universal health care. I wish he could summon more of the rhetorical magic that spoke so compellingly to the better angels of our nature.
But he's a president, not a Hollywood action hero.»
Nem mais.
Happy anniversary, Mr. President.
domingo, 1 de novembro de 2009
As paixões de Penélope
(Fotografias de Mert Alas e Marcus Piggott/Vanity Fair)
Dela, Woody Allen já disse:
«I don't like to look at Penélope directly. It's too overwhelming».
Nas páginas da Vanity Fair deste mês, percebe-se bem porquê. Penélope Cruz é muito mais do que uma mulher bonita. Como se descobrirá também lendo o belíssimo perfil que a jornalista Ingrid Sischy assina, The Passions of Penélope, a propósito da estreia de mais dois filmes com a actriz espanhola como protagonista (Abraços Desfeitos, de Almodóvar, e Nine, de Rob Marshall).
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