terça-feira, 27 de março de 2012

Newsweek - Nº especial Mad Men


A quinta temporada de Mad Men estreou ontem nos Estados Unidos (finalmente!), com um episódio especial de duas horas. Enquanto nos roemos de inveja deste lado do Atlântico, vale a pena procurar nas bancas o número especial da Newsweek, totalmente inspirado no ambiente da série (à venda em Portugal desde segunda-feira, 26).
«Bem-vindos a 1965», começam por nos avisar. Da primeira à última página, não há uma linha desta revista que não siga o design daquela época. Os temas surgem também quase todos ligados à temática da série. Por exemplo, quem são os Don Draper's de hoje? Ou o assunto principal, brilhantemente escrito por Eleanor Clift, que começou a sua carreira no Washington Post, nos anos 60, como... secretária. A jornalista leva-nos ao set de gravações de Mad Men e cruza as histórias da série com as memórias que guarda dos tempos em que iniciou a sua carreira num grande escritório norte-americano. As reuniões tinham sempre «bar aberto»? A sociedade era assim tão machista? E fumavam mesmo todos? Sim, sim e sim.
Há muito mais para descobrir nesta edição. Nem sequer falta um artigo a explicar-nos como fazer o martini perfeitoAté os anunciantes entraram no jogo e alguns bem poderiam ter sido idealizados por Don Draper... não acham?
Boas leituras!







sexta-feira, 23 de março de 2012

O dia de uma fotojornalista portuguesa, em dia de greve geral

(Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP)

O Guardian publica hoje uma interessante foto-reportagem: A day in the life of a photojournalist inLisbon.

São oito fotografias de Patrícia de Melo Moreira, da Agência France Press, que retratam o ambiente da greve geral na cidade de Lisboa, terminando com o momento em que ela própria se transformou em notícia, ao ser agredida por um polícia.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Perfil de um terrorista




De Mohamed Merah, o homem que matou sete pessoas em Toulouse, incluindo três crianças à porta de uma escola judaica, sabe-se pouco. Cidadão francês de origem argelina, tinha 23 anos e descrevia-se a si próprio como um jihadista desde que regressara do Paquistão e do Afeganistão, onde esteve em 2010 e 2011, em campos de treino de radicais islâmicos.

Como se transformou nesta máquina assassina, capaz de abater três crianças em poucos segundos, com tiros na cabeça, sem pestanejar? De onde vinha tanto ódio? Os jornais franceses, como o Libération, que o descreve como «um tipo taciturno», e o Le Fígaro, que o classifica como «o fanático que os vizinhos consideravam calmo e gentil», procuram traçar o perfil deste homem que foi hoje abatido pelas autoridades policiais francesas, depois de ter estado cercado durante 30 horas.

sábado, 17 de março de 2012

Revistas, revistas, revistas...





























Nas últimas semanas não fiz outra coisa senão escrever, para cumprir o prazo de entrega de um livro. Agora é chegado o tempo de celebrar - e de pôr as leituras em dia. Estas dez revistas, todas deste mês, estão ali a chamar por mim...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Frase da semana

«Portugal tiene que morder
o le morderán»

Pilar del Rio, em Almuerzo con..., publicado no El País de 15.03.2012

sábado, 3 de março de 2012

Leitura da semana


O New York Times publica hoje um artigo do fotógrafo Tyler Hicks, que entrou clandestinamente na Síria, no início de Fevereiro, com o jornalista de guerra Anthony Shadid. Durante uma semana viveram debaixo de fogo, procurando saber como resiste o exército de libertação da Síria.
No dia em que decidiram abandonar o país, e a apenas 45 minutos da fronteira, Shadid teve um violento ataque de asma alérgica, provocado pelo contacto com os cavalos dos traficantes que os guiavam pelos trilhos «seguros» do país. Apesar dos esforços de Tyler Hicks, que fez manobras de reanimação ao amigo durante meia-hora, a vida de Shadid terminava ali, aos 43 anos, nas montanhas da Síria. A sua mulher e o filho de dois anos estavam à sua espera, na Turquia.
Shadid sobreviveu à guerra do Iraque (cuja cobertura lhe valeu dois Pulitzers, em 2004 e 2010), a um ferimento de bala na Palestina, a um rapto na Líbia. Morreu traído por um inimigo aparentemente menor, que não deveria ter menosprezado, sem conseguir escrever a reportagem desses dias. Os seus blocos ficaram cheios de notas indecifráveis - pelo menos à luz de outros olhos que não os seus.
Em sua honra, Hicks decidiu fazer algo que nunca antes tentara: escrever. Este é o seu impressionante testemunho.

Bearing Witness in Syria: A War Reporter’s Last Days


It was damp and cold as Anthony Shadid and I crossed in darkness over the barbed-wire fence that separated Turkey from Syria last month. We were also crossing from peace into war, into the bloodiest conflict of the Arab Spring, exploding just up the rocky and sparsely wooded mountain we had to climb once inside.
The smugglers waiting for us had horses, though we learned they were not for us. They were to carry ammunition and supplies to the Free Syrian Army.