segunda-feira, 29 de julho de 2013

Leitura da semana

























Não consigo parar de ler este número dedicado ao crime da Los Angeles magazine: muito, muito bom. E está quase tudo online: As histórias dos dez casos de polícia mais misteriosos (e sem solução até à data, claro), a lista dos «mais procurados» de LA de todos os tempos, gráficos e mapas onde se revelam as zonas de cada gangue, ou uma conversa com o argumentista Michael Connelly - porque os personagens que se movem nestas ruas têm inspirado Hollywood, desde sempre...

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Monárquicos vs Republicanos






















Se por cá já há quem ande farto de ouvir falar do bebé real, imagine-se o que devem sofrer alguns britânicos, menos apegados às questões da monarquia... O Guardian, sempre atento, lançou uma edição online para «republicanos». Basta clicar na opção à direita do ecrã e voilá: em vez dos destaques sobre o nascimento do terceiro na linha de sucessão (sim, é um rapaz!), surgem notícias diferentes, sem pinga de sangue azul.
É de mestre.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Leitura da Semana






































Ainda nem chegou às bancas e já é uma das mais controversas capas de sempre da Rolling Stone. A revista colocou ontem online o seu trabalho de investigação sobre Dzhokhar Tsarnaev – o bombista de Boston  e a sua página de Facebook logo foi inundada por milhares de mensagens de ódio e condenação. A maioria dos leitores entende que, ao colocá-lo na capa, a revista está a dar a um terrorista o estatuto de «estrela rock».

Há até quem compare a fotografia usada (retirada da página pessoal do Facebook de Dzhokhar) com a mítica capa que a Rolling Stone publicou de Jim Morrison... em comum terão aquele olhar entre o perdido e o rebelde, o cabelo desalinhado, a pose para a câmara.


O trabalho da jornalista Janet Reitman – que se publica na semana em que se iniciou o julgamento do caso, com Tsarnaev a declarar-se inocente – tem um título explicativo: «O Bombista: como um estudante promissor e popular foi mal acompanhado pela família, cedeu ao Islão radical e se tornou um monstro».
Janet Reitman ouviu dezenas de amigos, professores e vizinhos do bombista, destacando o isolamento de Dzhokhar depois dos seus pais terem regressado à Chechénia e a influência que o seu irmão mais velho, Tamerlan (morto no tiroteio com a polícia), passou a ter na sua vida.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Aristides






































Portugal está hoje primeira página do Herald Tribune, a versão global do New York Times. A fotografia em destaque mostra uma casa em ruínas em Cabanas de Viriato e a homenagem que dezenas de sobreviventes do Holocausto quiseram prestar a Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordéus que, contrariando as indicações de Salazar, passou milhares de vistos a famílias judias.
Num artigo assinado por um enviado especial do jornal ao nosso país, honra-se a memória do diplomata português pela voz de quem lhe ficará grato por muitas e muitas gerações.
A Visão deu capa ao assunto no mês passado, revelando os detalhes da preparação desta homenagem internacional junto à casa do diplomata, que o governo português agora promete recuperar e transformar num museu. A lista de Sousa Mendes, de Alexandre Soares, foi uma das melhores reportagens que li este ano.
Fico muito feliz por ver o assunto ganhar a dimensão internacional que merece. Afinal, é bom lembrar que Oscar Schindler, imortalizado no cinema por Steven Spielberg, ajudou cerca de mil judeus. Aristides de Sousa Mendes salvou mais de 30 mil.