Alison Des Forges (1943-2009)
«governments hesitate to call the horror by its name»
Era uma das passageiras do avião da Continental que se despenhou perto de Buffalo, EUA, na passada quinta-feira. Era uma activista pelos Direitos Humanos, trabalhava há mais de 20 anos na organização Human Rights Watch.
Foi ela que denunciou ao mundo o genocídio do Ruanda, que pediu vezes sem conta aos líderes mundiais «que chamassem o horror pelo seu nome» quando já tinham sido mortas mais de 200 mil pessoas. Viriam a morrer 500 mil antes que a sua voz fosse ouvida.
O seu livro “Leave None to Tell the Story: Genocide in Rwanda” documenta muitas dessas mortes e o seu trabalho de recolha foi crucial para a sustentação das acusações promovidas pelo Tribunal Pena Internacional. Documenta também o falhanço da comunidade internacional, incapaz de se unir - e de agir - para evitar uma tragédia de tamanhas proporções.
Alison regressava a casa, na passada quinta-feira. Voltava de mais uma série de reuniões (inconsequentes?) com os poderosos deste mundo. Estava preocupada com a situação no Congo...
A sua memória é honrada pelo New York Times e pela New Yorker, que já em 1995 destacava a importância do seu trabalho nesta reportagem: Letter from Ruanda, after the genocide.
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