Morreu ontem Jack Nelson, um dos melhores jornalistas norte-americanos, vencedor de um prémio Pulitzer. Nelson fez a sua carreira em Washington ao serviço do Los Angeles Times, tendo revelado detalhes fundamentais do caso Watergate, mas começou a trabalhar no Sul dos EUA, cobrindo com risco para a própria vida o movimento dos direitos civis naquela região, nos anos 60. Fez também várias reportagens sobre o Ku Klux Klan, que deram, mais tarde, origem a um livro. Foi um dos 13 fundadores do Reporters Committee for the Freedom of the Press, instituição que, nos últimos 40 anos, tem sido uma referência no apoio moral e jurídico aos jornalistas norte-americanos.
Já reformado, continuava a acompanhar o que se passava no meio, sendo muito crítico em relação ao peso crescente da opinião e do entretenimento nos jornais. Defendia que as pessoas procuram os jornais por uma única razão: factos.
«Os leitores querem descobrir factos que desconheciam e, de preferência, factos que alguém não queria que fossem conhecidos.»
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