Teremos de ser sobrehumanos para conseguir perder peso? É uma batalha difícil, posso confirmar. O New York Times dedica a capa da sua revista de domingo, 1 de janeiro, a este tema (The Fat Trap, por Tara Parker-Pope), lembrando que o desejo de emagrecer é uma das mais populares resoluções de Ano Novo (a par de «deixar de fumar» e «fazer mais exercício»).
Este artigo cita novos estudos científicos que vêm reforçar a ideia de que é mesmo difícil perder peso mas, sobretudo, mais difícil ainda é não voltar a ganhá-lo. E tudo porque a biologia está contra nós. A tendência natural do organismo será sempre armazenar, nunca deitar fora.
Um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, confirma agora que, após uma dieta com perda de peso significativa, o organismo aumenta exponencialmente a produção de várias hormonas que provocam fome, como a leptina e a grelina. Há também mudanças radicais no metabolismo criando uma espécie de síndroma pós-dieta - uma condição em que todo o nosso organismo fica empenhado em engordar. Essa será a razão porque mais de 90% das pessoas não consegue perder peso definitivamente, passando a vida de dieta em dieta.
Estes estudos ajudam a perceber que há muitos factores envolvidos na luta contra o excesso de peso e a obesidade e que não se devem menosprezar as forças em acção. Mas, ao contrário do que pensava quando comecei a ler este artigo, isto não tem de ser uma má notícia. Só conhecendo verdadeiramente o inimigo é que poderemos vencê-lo, certo?
Bom Ano Novo!
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