na fronteira entre Gaza e o Egipto. Foto: Reuters
O posto fronteiriço de Rafah, que separa a Faixa de Gaza do Egipto, está quase sempre fechado, por imposição de Israel. As trocas comerciais tornam-se impossíveis, piorando o inferno da vida quotidiana em Gaza, que há muito se transformou numa enorme prisão a céu aberto.
Mas os palestinianos começaram a escavar túneis clandestinos, conseguindo ir ao Egipto comprar os bens essenciais que escasseiam na Faixa de Gaza, uma das regiões mais pobres do mundo. Segundo conta o El Pais, existem já mais de 1500 túneis deste género.
A segurança destas passagens secretas é mínima e os desabamentos são constantes. Este ano terão morrido soterradas cerca de 60 pessoas.
Um comerciante conta que escavar uma passagem destas demora 30 a 40 dias e custa perto de 50 mil euros. Os palestinianos «donos» dos túneis pagam ainda uma taxa de 2 000 euros ao Hamas, que governa a região. Mas o investimento compensa - há milhares de pessoas desesperadas por um pacote de farinha, uma garrafa de óleo, um litro de gasolina.
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