O fotógrafo espanhol José Cendón e o jornalista britânico Collin Freeman continuam desaparecidos. Foram raptados a 27 de Novembro, na Somália, quando realizavam uma reportagem para o Daily Telegraph sobre os grupos de piratas que espalham o terror naquele país. Como escreve hoje Enric González no El Pais, o mundo habitou-se a não questionar o que tem à sua frente (seja no prato ou no jornal...) e esquece facilmente «o processo»: o que foi preciso para eu receber isto desta forma? Que caminhos, que desvios, que riscos, que escolhas foram feitas?
É por isso que hoje aqui deixo esta fotografia de José Cendón, captada num hospital psiquiátrico do Burundi (Prémio World Press Photo em 2006), em jeito de homenagem aos mais de 1 200 jornalistas que morreram em reportagem, na última década. Mas também em jeito de prece: que voltem a casa depressa, sãos e salvos, para nos continuarem a contar o que se passa, de facto, no mundo.
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