sábado, 17 de janeiro de 2009

a tragédia pessoal de um médico palestiniano

Um médico palestiniano que estudou e trabalhou em Israel passou as últimas semanas a vestir o papel de jornalista, comentando os acontecimentos em Gaza para o canal 10 israelita. Hoje, em directo, contou desesperado que a sua casa acabara de ser bombardeada, matando 3 das suas filhas, ferindo gravemente outra e vários membros da família e vizinhos. O jornalista israelita fez o que pode para ajudar e, com os seus contactos junto do exército hebraico, conseguiu que deixassem uma ambulância palestiniana levar os feridos mais graves até à fronteira e, daí, transportá-los para hospitais em Israel. O médico palestiniano também viajou com a sua filha ferida e deu uma conferência de imprensa muito emotiva, perguntando ao povo hebraico se pensam mesmo que é à custa de vida de inocentes que se constrói a paz.
As suas filhas morreram no dia em que o governo israelita se prepara para anunciar um cessar-fogo unilateral - apesar de não ter conseguido terminar com a «guerra dos rockets». Só este sábado cairam 25 foguetes do Hamas no Sul de Israel.

3 comentários:

Miguel Miranda disse...

Cara Patricia Fonseca,

Para mim, isto é um dos extremo acidentais da actuação dos homens em guerra. É a cegueira dos senhores da guerra...de qualquer guerra, que neste caso opõe Iraelitas a Palestinianos.

No dia em comento o seu post, o Hamas decreta um cessar-fogo para os seus homens. Não sei o que fará o Governo de Israel, mas penso que seguirá o mesmo caminho.

Todos os séculos tem conflitos duradouros. E alguns atravessam várias gerações e, até séculos. Este é um deles. E não penso que seja facil resolver um conflito ultra-geracional, com profundas envolventes politicas e económicas. Se recuarmos, pelo menos, até ao final da década de 40 do secúlo XX, conseguimos perceber este conflito.

As nações e actores que verdadeiramente tem influência no jogo estratégico internacional - é o caso dos EUA, da Russia, da China, do Japão, da UE, a OPEP, o Concelho de Segurança, a India, e, neste caso em concreto, o Irão - devem seguir o caminho da sensatez, e cada vez mais procurar uma solução territorial para a Palestina, e deixarem de abastecer de armamento grupos como o Hamas.

Já agora, sempre que quiser, convido-lhe a comentar os textos que vou colocando no meu blog Nova Humanidade - http://novahumanidade-blogspot.com

Obrigado e cumprimentos,

Miguel Miranda

Patrícia Fonseca disse...

Obrigada pela visita, ficarei atenta ao seu blogue também.

Anónimo disse...

Cada vez mais me convenço que Israel é a central de propaganda da Al-Qaeda...

Bin Laden se ainda estiver vivo e se esquecer alguns preceitos da sua religião, deve estar a abrir garrafas de champanhe com esta invasão.