O New York Times foi ontem distinguido com 5 dos 12 prémios Pulitzer, os mais prestigiados prémios de jornalismo do mundo, atribuídos pela Universidade de Colúmbia desde 1917. O júri premiou o trabalho do jornal nas categorias de Investigação, Internacional, Reportagem Fotográfica, Crítica e Notícias de Última Hora.
A cobertura «magistral e inovadora» dos «desafios políticos e militares» colocados à América nas guerras do Paquistão e do Afeganistão, mereceu o aplauso do júri, que salientou também o facto do jornal enviar equipas de jornalistas ao terreno «frequentemente», mesmo quando as condições não eram as mais favoráveis... Estas reportagens do Times foram sendo destacadas neste Blogkiosk (a última, a 6 de Abril) e são, de facto, peças raras «do melhor jornalismo internacional».
A investigação do jornalista David Barstow, Message Machine, também impressionou o júri pela forma como demonstrou a «influência» do Pentágono sobre vários generais reformados do Exército americano, «fardados» de comentadores «independentes» na rádio e televisão mas cumprindo ordens claras, defendendo apenas a postura oficial do governo sobre a Guerra do Iraque.
Com estes 5 prémios, o New York Times soma já 101 Pulitzers no currículo. O Washington Post, que no ano passado ganhou 6 prémios, venceu este ano apenas a categoria de Comentário. Mas os grandes derrotados são os meios online, considerados pela primeira vez a concurso. Só o Politico tinha artigos entre os nomeados... e não foi distinguido.
O Pulitzer mais prestigiado, o de Serviço Público, foi este ano atribuído à jornalista Alexandra Berzon, do Las Vegan Sun, pela reportagem Construction Deaths, uma «corajosa denúncia» da elevada mortalidade entre os trabalhadores da construção civil, conduzindo a mudanças legislativas e à elevação dos padrões de segurança no trabalho naquela região da América.
A lista completa das reportagens distinguidas pode ser vista aqui.
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