domingo, 7 de agosto de 2011

O roubo da Mona Lisa


Um dos mais memoráveis roubos de sempre aconteceu há 100 anos: a 9 de Agosto de 1911, o pintor, pedreiro e vidreiro italiano Vincenzo Peruggia (na foto), que havia fabricado o vidro que protegia a Mona Lisa, conseguiu retirar a obra de Da Vinci da sua moldura, escondê-la dentro do seu macacão de trabalho e sair calmamente do Louvre.
No dia seguinte ainda ninguém tinha dado pela falta da obra-prima mas, assim que o alarme soou, a sociedade da época entrou em choque. Os jornais de todo o mundo passaram meses a acompanhar o caso e o Financial Times, neste artigo publicado na edição de fim-de-semana, reproduz algumas dessas deliciosas notícias. Como aquela em que se conta que o Louvre, depois de ter encerrado durante uma semana, para «averiguações», passou a ter filas à porta (o que nunca antes se tinha visto) só para ir olhar para o vazio que restava na parede, depois do inacreditável roubo.
Apesar das investigações terem ficado a cargo do famoso Alphonse Bertillon (considerado o Sherlock Holmes francês), passaram-se dois anos sem que houvessem pistas credíveis para recuperar a Gioconda. Bertillon andava longe, muito longe da verdade. Chegou mesmo a suspeitar de Pablo Picasso - e conta-se que o pintor até chorou durante o duro interrogatório.
O verdadeiro ladrão, afinal, acabou por entregar-se quando tentou «devolver» a pintura a Itália, de onde achava que Napoleão a havia roubado... Os especialistas das Uffizi chamaram a polícia, claro.
Uma história fabulosa para ler inteirinha, com um sorriso nos lábios, na Financial Times Magazine.

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