terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um fadista na Amazónia

(Foto: Gleison Miranda/AFP/Getty Images)


Há momentos assim, em que acabamos de ler uma história e nos apetece bater em alguém. É também para isto que o jornalismo existe (depois respira-se fundo, a indignação desfaz-se em compaixão e nasce a vontade de mudar o estado das coisas).
Hoje fiquei duplamente triste ao ler este artigo no Guardian. Primeiro, como é óbvio, porque relata a morte de índios na Amazónia, «massacrados» por traficantes de droga que decidiram criar novas rotas para o seu negócio, entre o Peru e o Brasil, invadindo terras de tribos isoladas - algumas nunca antes teriam tido contacto com o homem branco, quanto mais com as suas armas...
Depois, a tristeza aumentou quando li que um dos traficantes já presos é português: chama-se Joaquim António Custódio Fadista. É verdade. Fadista. Que pena tenho, sobretudo por me contarem tão pouco sobre ele no Guardian - e numa língua que não é a minha, nem a dele.

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