quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um ano de Dispatches


É o quarto número desta revista trimestral, que já faz parte das minhas leituras favoritas. Depois de edições dedicadas à América, ao Iraque e à Rússia, eis este dedicado à Pobreza. A qualidade das reportagens, das investigações, dos portefólios fotográficos e da opinão fazem-me continuar a acreditar na possibilidade de um jornalismo puro e duro, sem concessões - nem sequer à publicidade, pois esta revista recusa qualquer tipo de anúncio. A sua sobrevivência depende exclusivamente dos leitores.
Os fundadores da Dispatches anunciaram, há um ano, que lhes bastariam 10 mil assinantes para fazer este projecto vingar. Não sei se o conseguiram. Sei que eu sou uma delas (por 50€ anuais) e espero poder continuar a receber a revista, por muitos e bons anos, na minha caixa do correio.
Os textos são apenas apresentados sumariamente no site que, no entanto, aconselho a consultarem. Mas para ler mais têm mesmo que comprar a revista. Acho bem. Sei que, nos tempos que correm, não é politicamente correcto dizê-lo: mas por que raio havia o talento de tantos repórteres, que dedicaram meses de trabalho e arriscaram a sua vida nos piores infernos deste mundo, ser oferecido gratuitamente na Internet?

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