Quando Maite Roel mostra o seu cartão de veterana da I Guerra Mundial aos funcionários dos caminhos de ferro, um cartão onde se pode ler
mutilée dans la guerre
eles desconfiam. Como escreve Robert Fisk no Independent, devem pensar que ela roubou o cartão a um tetravô... Mas não. Maite foi vítima de uma bomba largada pela RAF na região de Bovekerke, na Bélgica, em 1918. O engenho explodiu 76 anos mais tarde, numa noite de 1992, quando ela acampava com o seu grupo de escuteiros. Sobreviveu depois de submetida a 29 cirurgias. Mas as dores nunca a abandonaram. Sim, ela ficou mutilada na guerra. Uma guerra de que nada sabe. E de que, como tentou explicar a um incrédulo Fisk, não quer mesmo saber.
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http://maquinaespeculativa.blogspot.com/2009/11/o-ultimo-grande-abraco.html
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