Gosto muito dos «almoços» do Finantial Times. Conversas descontraídas, perfeitas para ler nestes dias quentes e preguiçosos. À mesa, claro.
Esta semana, o convidado é o maestro Daniel Barenboim. O homem que, com Edward Said, fundou há dez anos uma orquestra única, com músicos israelitas e palestinianos - e aquelas notas de utopia continuam a correr mundo, tentando sobrepor-se ao som das bombas.
Said morreu e Barenboim manteve o sonho vivo. Conversa com o jornalista do FT em Sevilha. Descalço, descontraído. Revelando, também, o seu enorme sentido de humor. O maestro judeu, que viaja pelo mundo mas escolheu viver em Berlim, respondeu assim ao jornalista, que indagava se ele alguma vez tinha sido alvo de atitudes anti-semitas, na Alemanha: “What is the definition of anti-Semitism? It’s someone who hates Jews more than is absolutely necessary.”
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