O Washington Post revela hoje que o exército norte-americano descobriu os restos mortais do piloto da Marinha Michael "Scott" Speicher, abatido na primeira noite da Operação Tempestade no Deserto, em Janeiro de 1991.
Foi a primeira baixa da guerra do Golfo e, ao longo destes 18 anos, os militares nunca desistiram de procurá-lo - durante muito tempo chegaram a julgar que teria sido capturado e até ganharam esperança de que ainda estivesse vivo quando descobriram, numa prisão iraquiana, as iniciais MSS inscritas na parede de uma cela.
Agora já não restam dúvidas. Os dentes do piloto, encontrados no deserto, provam que ele foi enterrado ali, no local onde o seu avião F-18 se despenhou. O iraquiano que agora conduziu as tropas americanas ao local contou que o avião e o corpo do militar foram encontrados ainda em 1991 por um grupo de beduínos, que logo o enterraram.
O capitão Speicher poderá agora ter uma cerimónia fúnebre nos EUA e o seu estatuto, nos ficheiros militares, deixará de ser o ambíguo «desaparecido em combate», que tanto angustia a Marinha mais poderosa do mundo - que se orgulha de dizer que nenhum dos seus «fica para trás».
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