quinta-feira, 27 de março de 2008

Lágrimas de Lhasa


«O Tibete não é livre! Isto é tudo uma farsa!» A frase foi gritada por um jovem monge budista, quando um grupo de 26 jornalistas internacionais visitava um templo, em Lhasa, a convite do governo chinês. Tudo estava preparado para convencer os jornalistas de que a situação na capital tibetana estava controlada. Mas o grito deste monge, que logo foi secundado por outros 30 tibetanos, deitou por terra os planos chineses (vídeo da Reuters).
O monge, segundo a Associated Press, rompeu corajosamente o silêncio orquestrado... mas logo se desfez em lágrimas. A sua acção terá consequências - muitos já foram mortos por ousadias de menor calibre. Ele, melhor que qualquer jornalista estrangeiro presente naquele templo, sabe o que lhe poderá acontecer.

Não ficou claro para os repórteres no local o que sucedeu ao grupo de lamas do mosteiro de Jokhang. Todos os convidados de Pequim foram evacuados em poucos minutos - alguns fotógrafos foram mesmo arrastados pelo chão, sem contemplações. Que bela acção de propaganda!

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