segunda-feira, 9 de março de 2009

Pelo Tibete


Amanhã é terça-feira. Mas não será uma terça-feira qualquer para o governo de Beijing, como tão bem explica o New York Times.

Amanhã, 10 de Março, passam 50 anos sobre o dia em que o Tibete caiu nas mãos da China. O Dalai Lama vive no exílio desde então. Dos templos e escolas budistas tibetanas pouco resta. Da língua e cultura tibetana, idem aspas. Milhares de monges foram mortos, presos, torturados. O Dalai Lama, Prémio Nobel da Paz (já lá vão 20 anos...!), é criticado por não lutar pela independência, aceitando, desde há muito, que o Tibete possa ser uma região chinesa, desde que autónoma a nível cultural e religioso. Mas a China prefere continuar a chamá-lo de «separatista». E os líderes do «Mundo Livre», tão pródigos em pregar a democracia noutras paragens, continuam a fingir que não ouvem, que não vêem, que não sentem.

Mas amanhã, 10 de Março, milhares de cidadãos voltarão a manifestar-se em frente às embaixadas da China, por esse mundo fora. Em Lisboa também haverá protestos, promovidos pelo Grupo de Apoio ao Tibete (às 19h, junto à Embaixada da R.P.C., Rua S. Caetano, 2, à Lapa).

Pequenos beliscões na caparaça de um gigante... A China mostrar-se-á incomodada, ofendida, injustiçada. Os principais líderes mundias vão fugir ao assunto. E depois de terça-feira virá quarta. E o Tibete voltará a cair no esquecimento. Para que os negócios possam continuar, como de costume.

1 comentário:

Joao Nuno Silva disse...

Patricia
Parabens pelo artigo, gosto de ver que continuas a lutar por boas causas.
Se puderes vai visitar o meu blog www.acertezadamusica.blogspot.com
que também fala de outras causas que talvez te lembres.
Um beijinho e continua o Bom Trabalho!