segunda-feira, 23 de março de 2009

leitura da semana

AVISO: A New Internationalist é uma revista assumidamente alinhada à esquerda. E, nas suas páginas, há apenas lugar para o jornalismo de causas. Fundada em 1973, era inicialmente financiada pelas organizações Oxfam e Christian Aid, que pretendiam sensibilizar a opinião pública britânica para as questões da pobreza, do desenvolvimento do terceiro mundo e, claro, apelar à solidariedade. A NI hoje já não é patrocinada - a não ser pelos seus (fiéis) leitores. E é a revista que acaba por financiar muitas campanhas destas e de outras ONG's através da comercialização de produtos como t-shirts, calendários ou kits para manifestações pacifistas...
A NI, apesar dos seus 35 anos, mantém-se rebelde. Não tem pudor em fazer um anúncio como este:
'I never read the New Internationalist»
- former Lehman Brothers Banker
DON'T BE A BANKER. GET REAL.
Apesar deste «compromisso editorial», o seu jornalismo é tão (ou mais) independente que o de outras publicações britânicas. Em 2008 a New Internationalist recebeu o UTNE Independent Media Award para «Melhor Cobertura de Temas Internacionais», pela oitava vez.
Este mês, antecipando as grandes questões que (espera-se) estarão em discussão na Cimeira sobre o Clima das Nações Unidas, que se realizará em Dezembro, em Copenhaga, e que deverá conduzir à assinatura de um novo acordo internacional, pós-Quioto, sobre a redução dos gases com efeito de estufa, a NI publica um texto excepcional de Danny Chivers. Uma versão mais longa está também disponível do blog do autor, A Daisy Through Concrete.
Foi a capa da revista, inspirada na célebre fotografia da batalha de Iwo Jima, que começou por captar a minha atenção. Depois, o texto conquistou-me... logo às primeiras linhas. Acreditem, será difícil encontrar artigo mais esclarecedor sobre os desafios actuais do nosso planeta. E, confesso, tão depressa não esquecerei a imagem destes coelhinhos...

«Imagine 10 rabbits lost at sea, in a boat carved out of a giant carrot. The carrot is their only source of food, so they all keep nibbling at it. The boat is shrinking rapidly – but none of them wants to be the first to stop, because then they’ll be the first to starve. There’s no point in any of them stopping unless everyone stops – if even one rabbit carries on eating, the boat will sink. This is the international climate crisis in a (Beatrix Potter-flavoured) nutshell: action by individual nations achieves little unless we all act together.»

1 comentário:

Anónimo disse...

Sem me querer envolver na polemica do aquecimento global, se o homem e' o culpado ou nao, como tantas vezes e' dito e repetido ate' 'a exaustao, fiz eu proprio as minhas pesquisas e encontrei teorias que nao sao do dominio comum. Como os proprios autores destes estudos reivindicam, parece haver uma politica por parte de governos e sectores da ciencia corrente, que nao querem o aparecimento de outras teorias para explicar o que se passa em termos climaticos e por e simplesmente rejeitam os resultados de relatorios que sao de grande importancia.
Como conclusao sou obrigado a concordar com alguns dos argumentos daqueles que dizem nao ser o homem responsavel pelas alteracoes climaticas, quando afirmam que esta "nova" corrente, da' emprego a muitas pessoas, desde posicoes governamentais, passando pela ciencia, ate' 'as organizacoes ambientalistas. Os impostos sobre poluicao cada vez sao mais e mais apertados e penso que os governos veem neste caso, mais uma desculpa para a introducao de novas taxas, que atigem o cidadao comum e as empresas.
O clima, nao e' um fenomeno natural completamente previsivel e estavel e ao longo dos anos tem sofrido logicas alteracoes. Por ex. os irmaos Corte Real, relataram a existencia de florestas na Gronelandia, durante as suas expedicoes nos mares do Norte, durante o sec. XVI.
Por outro lado, sabendo-se do papel interventivo das florestas tropicais no clima, quer local quer a nivel mundial, frustra-me ver, que estas florestas nao sejam declaradas patrimonio da humanidade pela UNESCO e que se continue a assistir 'a sua destruicao, com tudo o que isso implica em termos de perda de biodiversidade e de renovacao do ar que todos respiramos. Segundo dados divulgados recentemente mais de 20 mil especies podem estar a ser perdidas para sempre, anualmente, uma boa parte das quais, se encontram nas copas das arvores das florestas tropicais, que ainda nao se encontram exploradas e que os investigadores dizem ser "casa" para milhares ou talvez milhoes de especies de insectos, fungos, animais, etc, ainda nao estudados e identificados.
Entretanto, as florestas vao sendo cortadas a um ritmo alucinante e por ex. no Alentejo, a destruicao de montados de sobro e azinheira durante a Campanha do Trigo dos anos 30, levou 'a exposicao dos solos 'a luz solar e a' erosao em geral, provocando o empobrecimento dos solos e reduzindo a capacidade destes na retencao das aguas pluviais. Para alem disso e segundo um estudo feito pela Universidade do Algarve a pluviosidade tem vindo a diminuir
gradualmente ao longo das ultimas
decadas, nas regioes a Sul do Tejo. Nao sera' preciso ser cientista, para perceber que o abate de arvores para dar lugar aos cereais, provocou uma alteracao micro climatica nestas zonas de Portugal.
Muitas sao as mazelas que podem ser apontadas 'a accao humana e em minha opiniao, esta' aberta uma janela para que o Homem possa reorganizar-se e respeitar mais o meio ambiente e e' por esse caminho que se devem educar as novas geracoes.

Horta

Deixo aqui os links de dois videos muito bons sobre esta tematica, que recomendo a todos os leitores, que ainda nao os tenham visto.

http://www.moviesfoundonline.com/global_dimming.php


http://video.google.co.uk/videosearch?hl=en&rlz=1T4HPEB_en-GBGB320GB320&ei=VjTNSaGZINy4jAf1voGDBg&resnum=0&q=henrik+svensmark+global+warming&um=1&ie=UTF-8&ei=cTTNSfLKO4yrjAfkoojbCQ&sa=X&oi=video_result_group&resnum=4&ct=title#